segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dia da Não Violência Escolar e da Paz











A Não-Violência

O caminho da Não-Violência
É condutor da Paz
Um caminho construído com paciência
E que a União traz.

Todos juntos o vamos percorrer
Com amor e fraternidade
Sentimentos a valer
E preciosos para a Humanidade.

A violência e a tristeza
Não queremos partilhar
Antes a alegria e a beleza
Da vida e o apelo de amar.

No mundo da Não-Violência
Todos os seres têm lugar
Vamos quebrar a “resistência”
Para este mundo triunfar.

Trabalho realizado por:
- Matilde Figueiredo – 5º A
- Carolina Costa – 5º A



























sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Tens de dar um pouco mais ...



Se a tua voz trouxer mil vozes para cantar,
vais descobrir mil harmonias belas
que ao céu hão-de chegar.
Fica mais rica a alma de quem dá,
chega mais alto o hino de quem vive a partilhar.

Refrão
Tu tens que dar um pouco mais do que tens,
tens que deixar um pouco mais do que há,
se vais ficar muito orgulhoso – vê bem,
tens que te lembrar:
és o grãozinho de uma praia maior,
e deves dar tudo o que tens de melhor,
pr’avaliar a tua Alma: há leis!
Tu tens de dar um pouco mais do que tens!

Olhou p’ró Céu, sentiu que a sorte estava ali.
E com valor foi conseguindo
tornar bom o que até era mau.
E grão a grão construiu o seu poder.
E pouco a pouco subiu a escadaria do Amor.

O tempo vai e de um rapaz um Homem vem.
Sem medo vê o seu destino:
vai em frente p’ra servir o Bem.
É tão profunda a mensagem que chegou.
São tão seguras e claras as lições que ele tirou.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Os Jovens e os Desafios da Paz


1. Foi Paulo VI que em 1968 instituiu o Dia Mundial da Paz, a ser celebrado todos os anos no primeiro de Janeiro. Na década de 60 ainda se respiravam as consequências dos horrores da II Guerra Mundial. A tensão entre o Oriente e o Ocidente na Europa era violenta. Discutia-se em todo o mundo a questão das descolonizações. E até os jovens em revolta procuravam novos sistemas políticos (no Maio de 68). Construir a paz era uma urgência. Paulo VI, preocupado com o desenvolvimento dos povos, sabia que este não era possível sem um clima de paz alicerçado na justiça. Por isso instituiu a Jornada Mundial da Paz. Em cada ano foi proposto um tema diferente. Desde então, até hoje, as relações propostas constituem um puzzle maravilhoso. Ressaltam-se temas como “todo o homem é meu irmão”, ou “o novo nome da paz é desenvolvimento”, ou “a justiça é o caminho da paz”. Bento XVI continua a celebrar o Dia Mundial da Paz. Propõe-nos para 2012 um tema com grande dinamismo: Educar os jovens para a justiça e para a paz. Este título traz 4 desafios:

educar – a educação consiste na formação integral da pessoa humana. Assim sendo, no processo educativo não se pode esquecer o outro, a quem urge sempre respeitar, como não pode esquecer-se também a comunidade humana que deve viver sempre em harmonia. Responsáveis pela educação são, diz o Papa, as famílias, as escolas, a comunicação social, os agentes políticos. Serão estes capazes de educar para a justiça e para a paz?

os jovens – no processo educativo o Papa privilegia os mais novos. Se é certo que qualquer cidadão tem que ter o sentido da justiça e da paz, os jovens são, porém, a garantia do futuro e já uma presença viva de intervenção na cidade. Eles têm que aprender a praticar a justiça para construírem uma paz verdadeira num mundo melhor.

a justiça – perante as atrocidades da II Guerra Mundial a humanidade sentiu a urgência de pautar os caminhos da justiça. Por isso, proclamou, em 48, a Carta das Nações, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. E em que consiste a justiça? Em dar a cada um aquilo a que ele tem direito. Só conhecendo e vivendo os direitos humanos se pratica a justiça.

a paz – o conceito de Cícero “si vis pacem, para bellum” (se queres a paz, prepara a guerra) foi superado por Tomás de Aquino, que define a paz como a tranquilidade na ordem. Com o decorrer dos tempos estes conceitos são quase incompreensíveis, porque a paz verdadeira só se alicerça na justiça. É na medida em que cada um se sente feliz no respeito pela sua dignidade e na relação que tem com os outros, que na sociedade se constitui a harmonia.


2. A paz só é possível na justiça. Dentro deste princípio compreende-se que muitos podem estar aparentemente tranquilos mas não vivem a paz simplesmente porque estão marcados pelo medo, pela opressão, pela quase violência social. Não há guerras, mas há tantas vezes o imenso sofrimento humano. É nestas condições que se compreende o direito à crítica, às manifestações populares, às reivindicações generalizadas, uma ou outra vez até à revolução. Nos últimos Papas tem-se encontrado por vezes esta porta aberta para a liberdade que se torna imperiosa para viver a justiça. No Dia Mundial da Paz de 2012 a Europa sofre uma crise violenta. Daí resulta o enorme sofrimento, surgem novos pobres, há pessoas que se sentem marginalizadas, há grupos humanos a quem é recusada a cidadania activa. Multiplicam-se situações de desemprego, de salários baixos, de despromoção da vida profissional. Perante tudo isto justifica-se a posição dos Bispos portugueses em documento recente. “Crise, discernimento, compromisso”, oferecido aos portugueses pela Conferência Episcopal, é texto que não se pode ignorar. Quatro aspectos têm que ser garantidos na sociedade em que vivemos: a dignidade humana, o bem comum, a subsidiariedade, a solidariedade.

A dignidade humana – respeitar a dignidade de cada um é elemento indispensável para a construção da paz. Não pode acontecer com as exigências de uma austeridade necessária que se comprometa a dignidade de quem quer. Viver em situação de miséria é indiscutivelmente contra a dignidade humana. É dentro deste contexto que toda a reforma sociopolítica tem que ter como prioridade a pessoa humana para a sua dignidade.

O bem comum – uma das características das relações humanas é hoje, infelizmente, centrada no interesse pessoal ou de grupo. Isto contraria o bem comum. É verdade que são muito mais as coisas que nos unem do que aquelas que nos separam mas, para além disso, procurar o que é melhor para todos é um desafio feito a todos os responsáveis sociais. Servir o bem comum supera os egoísmos, de classe, de partido, de religião. A procura do bem comum é o maior desafio feito hoje ao futuro que se está a construir.

A subsidiariedade – no mundo de hoje multiplicam-se os problemas, as dificuldades são muitas, as soluções são difpequenas coisas que podem ser resolvidas na base, às vezes com a simples boa vontade das pessoas. É nisto que consiste a subsidiariedade, tentar cada um ao seu nível, descobrir as soluções mais fáceis sem responsabilizar outros com esquemas mais ou menos complicados.

A solidariedade – nunca se falou tanto de solidariedade como hoje. Mas as pessoas serão mesmo solidárias? Ser solidário é fazer seu o problema do outro independentemente de ele ser meu conhecido ou não. A solidariedade reclama uma gratuidade total para ajudar todo aquele que, próximo, precisa de um apoio concreto. A solidariedade imediata é a mais difícil, mas talvez a mais necessária.